domingo, 20 de janeiro de 2008

Europeísta

Os valores da União Europeia são princípios que cada um dos Estados da ordem internacional ambiciona. Os valores da liberdade, da democracia, do respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais, bem como do Estado de Direito, constituem a base de solidificação de uma Sociedade caracterizada pelo pluralismo de culturas, pela justiça, solidariedade e a igualdade.
È com o fim da II Guerra Mundial, e mais precisamente a 9 de Maio de 1950 (dia da Europa) que Robert Shuman lê uma proposta a Comunicação Social, para a criação de uma comunidade que terá a alta autoridade para o Carvão e o Aço, constituída pela França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Itália, e Republica Federal Alemã, sendo presidida por Jean Monnet, e assim nasce a CECA (Comunidade Europeia para o Carvão e Aço), e mais tarde com o tratado de Maastricht, e com o Acto único Europeu, formando-se a União Europeia.
Face a abolição dos direitos aduaneiros e ao grande aumento do comércio entre aqueles países constituintes e o resto do mundo, oferecendo aos consumidores uma infindável gama de produtos, rapidamente se dá o primeiro alargamento em 1973 com a adesão de novos Estados-membros, nomeadamente o Reino Unido (o qual não foi um dos fundadores por ter uma ideologia Politica diferente, e por não querer perder poder económico), Irlanda e Dinamarca, posteriormente em 1982, o segundo alargamento com a Grécia. E mais precisamente a 1 de Janeiro de 1986, Portugal e Espanha ingressam neste grande mercado da União Europeia, hoje constituída por um conjunto de 27 países e de muitos milhões de consumidores.
Com a entrada de Portugal na União Europeia, foi criada uma série de liberdades e garantias, quer no âmbito interno quer nas relações de Portugal com outros Estados membros e da ordem internacional.
Nestes 20 anos de adesão à União Europeia, Portugal recebeu 42 milhões de Euros de fundos estruturais. Ouve um grande investimento em meios de comunicação como as Estradas e em transportes. No que se refere ao produto interno bruto (PIB) a diferença de Portugal relativamente à media da União Europeia diminuiu, passando dos 54,2% em 1986 para 68% em 2003. As taxas de juro foram significativamente alteradas nos últimos 20 anos. As taxas de exportações para os países da União Europeia aumentaram cerca de 30%. A esperança média de vida aumentou em Portugal desde a sua entrada para a União Europeia passando dos 70 para os 74 nos homens e de 77 para 81 nas mulheres. A taxa de mortalidade infantil desceu dos 16% para os 5%. As taxas de escolaridade sofreram um aumento significativo. O número de estudantes Portugueses a frequentar o programa Erasmus aumentou de 25 alunos em 1986 para 3.782 em 2004. Sofremos progressos no que toca ao ambiente como por exemplo aumentou-se as ETAR´s fazendo com que uma maior parte da população fosse abrangida por água potável, bem como no campo da recolha selectiva de papel, plástico e vidro. O número de turismo em Portugal aumenta em cerca de meio milhão a mais de turistas por ano. Há 20 anos o saldo migratório era claramente negativo passando a ser actualmente, um pais, de destino para muitas famílias que vão à procura de melhores condições de vida, nomeadamente dos países de leste, Brasil e PALOP.
A actuação da UE tem-se pautado pela promoção da Paz, não só no plano interno como no plano internacional, cabendo a União Europeia uma palavra sobre os teatros de operações de manutenção da Paz, como por exemplo no Kosovo, Somália e Afeganistão bem como nas relações da entre Israel, Palestina e Síria, a crise do Irão, ou mesmo a intervenção no Iraque apesar da mesma ter havido alguma discordância entre países membros da U.E. como o caso de Inglaterra/Portugal/Espanha e da França/Alemanha.
A Europa é “unidade na diversidade” porque ao mesmo tempo que aprofunda a união politica entre os seus membros, pretende manter-se um continente aberto à cultura, à aprendizagem e ao progresso social mantendo viva as identidades e histórias nacionais de cada um dos países membros.
O grande factor da união dos povos europeus foi baseado na resolução de problemas chaves que contribuam para o desenvolvimento harmonioso e sustentável da sociedade europeia. Com a resolução de problemas como o comércio, e a paz, a Europa encontra-se actualmente na iminência do surgimento de novos focos de problemas como as questões ambientais, o ordenamento do território e as grandes problemáticas da imergência dos países do terceiro mundo. Mais recentemente, já em pleno século XXI, as imigrações dos povos do continente africano e dos países do leste para a Europa, bem como as questões relacionadas com o fundamentalismo islâmico e o terrorismo.
A União Europeia é um facto, que está constantemente presente na nossa realidade, deste modo há que lhe dar o seu devido respeito, e percebe-la ao máximo.

Cláudio Almeida
Ponta Delgada, 6 de Março de 2007

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